"Economicismos" *
Numa lógica de racionalização de meios e de contenção de custos, o actual governo tem vindo, por todo o País, quer no âmbito do PRACE (Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado) quer a coberto de estudos e pareceres técnicos, a encerrar serviços públicos por todo o país.
Todos nós assistimos pela televisão ou lemos nos jornais notícias sobre o encerramento de maternidades, serviços de urgência, extensões e centros de saúde (com a implementação das Unidades de Saúde Familiar), de escolas do primeiro ciclo. da reformulação do mapa judiciário (com o eventual encerramento de alguns tribunais). Invocam-se razões técnicas que todos nós sabemos, na sua maioria, não serem válidas. Porque a causa que preside aos desígnios deste Governo é unicamente a redução da despesa, seja de que forma for. Mesmo que isso implique sacrifícios às populações.
Estranha-se, pois, que onde o Governo decidiu encerrar unidades de saúde, grupos privados decidam abrir, como noticia na edição do passado dia 13/03/2007 do «Diário de Notícias», “Privados abrem clínicas onde Governo fechou centros de saúde”. Pode ler-se nessa notícia o seguinte: “A banca é, actualmente, dos sectores da actividade económica mais activos em investimentos no domínio da saúde. E está, para já, presente em todas as anunciadas intenções, por parte de grupos privados, de investir em zonas, que o Ministério da Saúde se prepara para deixar.” Aqui está a prova provada de que este executivo está a desinvestir onde não deve. Está a poupar dinheiro em áreas sociais tão importantes como são a saúde e a educação, sendo depois substituído pelos privados. E este Governo ainda se afirma socialista?!!!
Transpondo esta realidade nacional para o panorama local, podemos dizer que até nem tivemos muito azar, porque os serviços desconcentrados do Estado não têm uma presença muito significativa no nosso concelho. No entanto, existem duas situações preocupantes. Em primeiro lugar, a implementação das Unidades de Saúde Familiar que podem originar o encerramento da extensão de saúde de Benfica do Ribatejo, onde há já algum tempo a população sofre com a falta de médicos de família. Em segundo lugar, o mais que certo encerramento da Escola EB1 de Marianos depois de 2008, já que a autarquia almeirinense, nomeadamente o seu presidente, não teve uma atitude de firmeza naquilo que deve nortear os seus princípios: a defesa dos interesses das suas populações. Ao invés, decidiu acatar os ditames economicistas do Governo PS que incorre numa contradição incrível: homologa uma Carta Educativa para o concelho de Almeirim, válida até 2013, onde não consta o encerramento de nenhuma escola, para depois vir ditar que as escolas com menos de 20 alunos são para encerrar...
Almeirim, 22 de Março de 2007
* publicado na edição n.º 898 de "O Almeirinense", 01.04.2007
Todos nós assistimos pela televisão ou lemos nos jornais notícias sobre o encerramento de maternidades, serviços de urgência, extensões e centros de saúde (com a implementação das Unidades de Saúde Familiar), de escolas do primeiro ciclo. da reformulação do mapa judiciário (com o eventual encerramento de alguns tribunais). Invocam-se razões técnicas que todos nós sabemos, na sua maioria, não serem válidas. Porque a causa que preside aos desígnios deste Governo é unicamente a redução da despesa, seja de que forma for. Mesmo que isso implique sacrifícios às populações.
Estranha-se, pois, que onde o Governo decidiu encerrar unidades de saúde, grupos privados decidam abrir, como noticia na edição do passado dia 13/03/2007 do «Diário de Notícias», “Privados abrem clínicas onde Governo fechou centros de saúde”. Pode ler-se nessa notícia o seguinte: “A banca é, actualmente, dos sectores da actividade económica mais activos em investimentos no domínio da saúde. E está, para já, presente em todas as anunciadas intenções, por parte de grupos privados, de investir em zonas, que o Ministério da Saúde se prepara para deixar.” Aqui está a prova provada de que este executivo está a desinvestir onde não deve. Está a poupar dinheiro em áreas sociais tão importantes como são a saúde e a educação, sendo depois substituído pelos privados. E este Governo ainda se afirma socialista?!!!
Transpondo esta realidade nacional para o panorama local, podemos dizer que até nem tivemos muito azar, porque os serviços desconcentrados do Estado não têm uma presença muito significativa no nosso concelho. No entanto, existem duas situações preocupantes. Em primeiro lugar, a implementação das Unidades de Saúde Familiar que podem originar o encerramento da extensão de saúde de Benfica do Ribatejo, onde há já algum tempo a população sofre com a falta de médicos de família. Em segundo lugar, o mais que certo encerramento da Escola EB1 de Marianos depois de 2008, já que a autarquia almeirinense, nomeadamente o seu presidente, não teve uma atitude de firmeza naquilo que deve nortear os seus princípios: a defesa dos interesses das suas populações. Ao invés, decidiu acatar os ditames economicistas do Governo PS que incorre numa contradição incrível: homologa uma Carta Educativa para o concelho de Almeirim, válida até 2013, onde não consta o encerramento de nenhuma escola, para depois vir ditar que as escolas com menos de 20 alunos são para encerrar...
Almeirim, 22 de Março de 2007
* publicado na edição n.º 898 de "O Almeirinense", 01.04.2007
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