"Uma Verdade Inconveniente"
Nas minhas visitas à blogosfera local, deparei-me com um post no Blogue de Almeirim sobre o não apoio da Câmara Municipal de Almeirim à exibição do documentário “Uma Verdade Inconveniente”, uma iniciativa do MIC – Movimento de Intervenção e Cidadania. O autor do texto, também ele, um dos promotores desta iniciativa, culpa os vereadores da oposição pelo facto da Câmara ter recusado o apoio.
Lamento e repudio a sua atitude, pois poderia ter demonstrado a mim, enquanto representante máximo em Almeirim de um dos partidos da Oposição, o seu desagrado pessoalmente quando, no sábado, me desloquei ao Cine-Teatro para assistir ao documentário e ao debate que se lhe seguiu. Não o fez, o que me deixa profundamente decepcionado, pois pensava que era uma pessoa frontal.
Relativamente ao que foi escrito, o autor deveria ter auscultado as várias partes intervenientes e não ter dado ouvidos, apenas e só, a alguém que lhe deu a sua “verdade” com o único propósito de denegrir a acção dos vereadores da Oposição. E não será difícil de ver que esse alguém é da maioria socialista, já que a reunião do Executivo foi privada.
Sobre o apoio da Câmara a esta iniciativa, aquilo que não disse (por que não lhe contaram a verdade) é que a iniciativa do MIC foi aprovada por todos os membros do Executivo. Só no final desta aprovação é que o vereador Pedro Ribeiro colocou a questão do pagamento do filme, ao que TODOS os membros do Executivo votaram contra. Tem toda a lógica esta posição ou será que o MIC queria realizar uma iniciativa em que a autarquia cedesse o espaço, o equipamento, disponibilizasse os recursos humanos, garantisse a divulgação e ainda, pagasse a exibição do filme? Então, se assim fosse, deixaria de ser uma iniciativa do MIC para ser uma iniciativa da autarquia.
Portanto, não se podem atribuir responsabilidades aos vereadores da Oposição pelo não financiamento da autarquia à iniciativa do MIC. Até porque, sendo os vereadores da Oposição apenas dois, facilmente a proposta passaria com os votos favoráveis dos restantes. Aliás, a divulgação da acta da reunião esclarecerá toda esta confusão. Mas, para isso o autor do post terá que solicitar a acta, por exemplo, ao membro do Executivo que lhe passou a informação, pois, como decerto saberá, a colocação das actas no site da Câmara Municipal de Almeirim não prima pela actualidade.
Sendo o MIC, como o próprio nome indica, “Movimento para a Intervenção e Cidadania”, estranho o facto das pessoas do concelho de Almeirim, que o integram se absterem de participar nas sessões públicas dos órgãos autárquicos. Mas a resposta está naquilo que foi escrito no post: «(…)pois como é sabido a grande maioria de membros do MIC é do PS(…)». É que não se pode afrontar o poder, sob pena de, quem o fizer, se ver a braços com um processo disciplinar.
Para terminar, devo dizer que fiquei bastante admirado quando verifiquei que o debate, que era para ser a dois passou, à última da hora, a ser a três, com o convite, logo aceite, ao senhor vice-presidente Pedro Ribeiro. Fica a dúvida se «um movimento independente, transversal e aberto a filiados ou não filiados em qualquer partido político» cedeu ou não a pressões.
Lamento e repudio a sua atitude, pois poderia ter demonstrado a mim, enquanto representante máximo em Almeirim de um dos partidos da Oposição, o seu desagrado pessoalmente quando, no sábado, me desloquei ao Cine-Teatro para assistir ao documentário e ao debate que se lhe seguiu. Não o fez, o que me deixa profundamente decepcionado, pois pensava que era uma pessoa frontal.
Relativamente ao que foi escrito, o autor deveria ter auscultado as várias partes intervenientes e não ter dado ouvidos, apenas e só, a alguém que lhe deu a sua “verdade” com o único propósito de denegrir a acção dos vereadores da Oposição. E não será difícil de ver que esse alguém é da maioria socialista, já que a reunião do Executivo foi privada.
Sobre o apoio da Câmara a esta iniciativa, aquilo que não disse (por que não lhe contaram a verdade) é que a iniciativa do MIC foi aprovada por todos os membros do Executivo. Só no final desta aprovação é que o vereador Pedro Ribeiro colocou a questão do pagamento do filme, ao que TODOS os membros do Executivo votaram contra. Tem toda a lógica esta posição ou será que o MIC queria realizar uma iniciativa em que a autarquia cedesse o espaço, o equipamento, disponibilizasse os recursos humanos, garantisse a divulgação e ainda, pagasse a exibição do filme? Então, se assim fosse, deixaria de ser uma iniciativa do MIC para ser uma iniciativa da autarquia.
Portanto, não se podem atribuir responsabilidades aos vereadores da Oposição pelo não financiamento da autarquia à iniciativa do MIC. Até porque, sendo os vereadores da Oposição apenas dois, facilmente a proposta passaria com os votos favoráveis dos restantes. Aliás, a divulgação da acta da reunião esclarecerá toda esta confusão. Mas, para isso o autor do post terá que solicitar a acta, por exemplo, ao membro do Executivo que lhe passou a informação, pois, como decerto saberá, a colocação das actas no site da Câmara Municipal de Almeirim não prima pela actualidade.
Sendo o MIC, como o próprio nome indica, “Movimento para a Intervenção e Cidadania”, estranho o facto das pessoas do concelho de Almeirim, que o integram se absterem de participar nas sessões públicas dos órgãos autárquicos. Mas a resposta está naquilo que foi escrito no post: «(…)pois como é sabido a grande maioria de membros do MIC é do PS(…)». É que não se pode afrontar o poder, sob pena de, quem o fizer, se ver a braços com um processo disciplinar.
Para terminar, devo dizer que fiquei bastante admirado quando verifiquei que o debate, que era para ser a dois passou, à última da hora, a ser a três, com o convite, logo aceite, ao senhor vice-presidente Pedro Ribeiro. Fica a dúvida se «um movimento independente, transversal e aberto a filiados ou não filiados em qualquer partido político» cedeu ou não a pressões.
2 comentários:
Caro Humberto, não tenha duvidas que sou frontal, só que por vezes tenho alguma dificuldade em relacioná-lo com o PSD, se me perguntar qual a causa, também sou capaz de não saber bem porquê.
Mas na realidade não falei consigo sobre o assunto porque não me lembrei, a questão que tratei foi relacionada com a posição dos vereadores na sessão de Câmara, poderá a minha atitude ter sido lamentável, mas como deve calcular eu tenho um relacionamento consigo que não é politico (partidário), nem sei como vocês funcionam em termos de partido em relação a factos passados nas sessões de câmara, e o caro Humberto não é vereador, e não foi você que esteve presente na sessão de Câmara, digamos que o assunto consigo me passou ao lado.
Sobre iniciativas, desculpe lá, mas as iniciativas são de quem tem as ideias, e esta ideia foi nossa, e isto devia ter-se passado exactamente como qualquer associação que pedisse apoio á Câmara para qualquer realização (volto a dizer, e isto porque não somos partido politico).
Participar nas reuniões publicas da autarquia, pode ser uma boa ideia, mas não é a nossa opção.
Mas o que está escrito no seu Post em relação PS/MIC não é como diz, o que você diz é uma coisa, o que acontece com os membros do PS que estão no MIC é outra, isso posso garantir, só nos interessa o que fazem enquanto membros do MIC, e mais, a lista de membros do MIC é publica, tanto a nível Distrital como Nacional, é só visitar e pode consultar os nomes, e vai ver que estão lá membros do PS que dão a cara sem medo do Partido.
Vou ficar com as minhas duvidas até ler a acta de sessão, mas sou tão frontal que se estiver errado não tenho problema em admiti-lo.
Faltou uma coisa importante, nunca cedi nem cedo a pressões, só pela simples razão de que não faz parte do meu feitio, antes quebrar que torcer, é a minha maneira de estar, além disso tenho outro grande defeito, não sei ser politicamente correcto.
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